quarta-feira, 30 de maio de 2012

A DANÇA E A ÉTICA



A Dança e Ética devem ser no contexto de cada aula, através de reflexões. Como devo agir com o outro? (PCN,1997). Todavia, a Dança e Orientação Sexual conforme a proposta do documento supracitado pode incluir dentro de seus processos artísticos discussões, problematizações e questionamentos sobre corpo, dança e convívio social que incluam as transformações corporais na adolescência, relações de gênero, padrões de beleza e a mídia.

A Dança enquanto Educação para a saúde promove oportunidade para que os alunos identifiquem problemas, levantem hipóteses, reúnam dados e reflitam sobre situações relacionadas ao fazer e ao pensar essa arte na escola associada a ma vida saudável. Centrada no corpo, as aulas de dança podem traçar relações diretas com situações de dor e prazer, alimentação, uso de drogas e prevenção e cura de lesões, sem que se afaste de seus conteúdos específicos.

Portanto, a Dança e o Meio Ambiente devem intervir e transformar as relações humanas e/com o meio ambiente. No âmbito do ensino de dança, esta cooperação pode se dar simultaneamente em diversos níveis: Como um processo corporal interno. Ouvir, sentir, perceber e experimentar conscientemente as relações entre a respiração, musculatura, cadeias ósseas e as qualidades de movimento, a ocupação do espaço e a escolha das ações.

Por meio da Dança, o aluno experimenta outro meio de expressão diferente da palavra. Ao falar com o corpo, ele abre a possibilidade de conhecer a si mesmo de outra maneira e melhorar sua auto-estima. O simples prazer de movimentar o corpo alivia o stresse diário e as tensões escolares.

Nosso objetivo é valorizar diversas escolhas de interpretação e de criação, na escola e na sociedade. Situar e compreender as relações entre corpo dança e sociedade. E para atendermos aos objetivos propostos iremos trabalhar com temas que busquem desenvolver e contribuir para: a consciência corporal; expansão do vocabulário de movimento; a socialização e cooperação em grupos; a valorização da cultura.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A DANÇA NA ESCOLA: A ARTE QUE COMUNICA EXPRESSA E TRANSFORMA.


Num país em que pulsam o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, a catira, o baião, o xote, o xaxado o funk, o rap, o hip-hop, as danças de salão, as danças eruditas como a clássica, a contemporânea, a moderna e o jazz entre muitas outras manifestações, é surpreendente o fato de a Educação Física ter promovido apenas a prática de técnicas de ginástica e (eventualmente) danças européias e americanas. A diversidade cultural que caracteriza o país tem na dança uma de suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de possibilidades de aprendizagem. (PCNs, 1997).
A importância da Dança / Educação em seu aspecto interdisciplinar é possibilitar o processo criativo a autonomia e liberdade do indivíduo, possibilitando ao educando articular uma relação mais próxima entre o homem e a natureza, através da observação, sensibilização e experiências que estabelecem uma íntima relação entre os mesmos. Assim, o educando ao vivenciar corporalmente através do movimento, o tamanho, o ritmo, os movimentos dos objetos pelos fatores físicos como o espaço-temporal, peso e fluência, desenvolverá seus potenciais físico, mental, emocional e ficando mais sensível ao mundo que o cerca.
A Dança / Educação possibilita criar no educando uma consciência crítica exigente e ativa em relação ao ambiente que a cerca e estabelecer parâmetros de qualidade de vida do seu cotidiano. Por meio do domínio do seu corpo e de seus movimentos, o educando poderá entender melhor o sistema de objetos naturais e artificiais, o conjunto de estímulos sensoriais, perceber as formas e cores, os cheiros, os sabores, as formas de ruídos e movimentos. Desta maneira,
os conteúdos deste bloco são amplos, diversificados e podem variar muito de acordo com o local em que a escola estiver inserida. Sem dúvida alguma, resgatar as manifestações culturais tradicionais da coletividade, por intermédio principalmente das pessoas mais velhas é de fundamental importância. A pesquisa sobre danças e brincadeiras cantadas de regiões distantes, com características diferentes das danças e brincadeiras locais, pode tornar o trabalho mais completo. (PCNs, 1997)


segunda-feira, 28 de maio de 2012

A DANÇA NA ESCOLA


A dança é, sem dúvida, uma das maiores catalisadoras da manifestação e expressão do movimento humano. No âmbito educativo, ela é pedagógica e ensina tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. A dança pode (e deve) ser usada como meio de crítica social para o questionamento de valores preestabelecidos, padrões repetitivos e modismos, como, por exemplo, as coreografias com fortes apelos sexuais, que aparecem incessantemente em programas de TV.

Além disso, a dança, como processo performativo, está ligada à estética e à plástica, podendo trabalhar não apenas com o movimento, mas com sensações e sentimentos. Quem não se emociona ao acompanhar um espetáculo de dança? Seja clássica — como o balé —, popular — como a "dança de rua" — ou folclórica — como a chula, o fandango, o forró e o baião —, a dança é um forte estímulo de percepções sensoriais. Ritmo, sonoridade, visão e expressão são capacidades levadas ao extremo nessa prática corpórea.

A DANÇA NA PRÉ-ESCOLA


Já é possível trabalhar elementos da linguagem artística para criar coreografias e desenvolver nos pequenos a expressividade

EXPERIMENTAÇÃO Na EMEI Brigadeiro Eduardo Gomes, as crianças inventam maneiras de se deslocar. Foto: Tatiana Cardeal
EXPERIMENTAÇÃO. Na EMEI Brigadeiro EduardoGomes, as crianças inventam maneiras de se deslocar. Foto: Tatiana Cardeal
A definição que se dá a ela é um ponto de discórdia entre especialistas. O Referencial Curricular Nacional detalha apenas o trabalho com movimento - incluindo conteúdos de expressividade, equilíbrio e coordenação - e dilui algumas orientações didáticas. Se considerada uma atividade de técnicas e passos predeterminados relacionados a cada estilo - o que acontece freqüentemente -, a dança se torna uma prática inadequada para a faixa de 4 a 5 anos. 

Há, no entanto, diversos especialistas que discordam dessa linha, como Márcia Strazzacappa, da Universidade Estadual de Campinas. "Dança é todo movimento humanamente organizado com uma intenção", define. Por trás desse conceito está o pensamento do etnomusicologista e antropólogo britânico John Blacking. Sem estar aprisionada a formatos, ela pode ser vivenciada por pessoas de qualquer idade. "O que varia é a metodologia de ensino", alerta Isabel. 


Como começar 

Antes de trabalhar essa manifestação artística com a turma, o professor precisa investigar e conhecer seus próprios movimentos - afinal, ele é uma referência importante. "O ideal seria uma capacitação com especialistas", avalia Samantha Schleumer, coordenadora pedagógica da EMEI Brigadeiro Eduardo Gomes. Mas é um bom ponto de partida fazer atividades de exploração de movimentos junto com as crianças - em vez de só pedir que elas se mexam - e fugir de coreografias estereotipadas.
Samantha conta que, apesar de muito criativa, a garotada já tem um repertório pronto, com muitas referências vistas na TV. Em momentos como festas de aniversário na escola, não há mal nenhum em dançar de maneira conhecida. No entanto, quando há objetivos pedagógicos, a atividade deve ter como meta principal a ampliação dos conhecimentos sobre o corpo em movimento.

Na fase pré-escolar, deve-se levar a meninada a conhecer, explorar e experimentar diferentes maneiras de se deslocar pelo espaço e interagir com os colegas, percebendo e acompanhando ritmos e melodias. A escolha das músicas é parte essencial para um projeto com esse fim. A equipe de professores da EMEI recomenda levar para a sala CDs do grupo paulistano Barbatuques e do músico norte-americano Bobby McFerrin (que usam o corpo para fazer música), de Naná Vasconcellos (instrumental) e de nomes da MPB, como Tom Zé. É importante ainda ampliar as referências, abrindo a possibilidade de apreciação de vídeos e fotos de espetáculos coreografados. 


Movimentos divertidos 

ARTICULAÇÕES Ao imitar as posições em que está a boneca, a garotada aprende várias formas de se dobrar
ARTICULAÇÕES Ao imitar as posições em que está a boneca, a garotada aprende várias formas de se dobrar

Na EMEI, as atividades começam com a vivência das principais estruturas da dança. A referência teórica é o bailarino e educador Rudolf Laban (1879-1958), que criou uma ciência chamada coreologia. Para ele, dança é articulação entre dançarino, som, movimento e espaço - os dois últimos amplamente abordados em sala. Os pequenos compreendem o movimento - o que é, onde ocorre, como acontece e com quem se move - em jogos divertidos. Num deles, cada criança movimenta o amigo ao som da música. 


Para tratar do espaço que cada um ocupa, as professoras abordam aspectos como os plAnos (largura, profundidade, altura), as direções (à esquerda, à direita, à frente e ao fundo), a distância (perto ou longe) e os níveis da dança (alto, médio e baixo). "Os pequenos percebem que há diferentes possibilidades de se mover ao som de uma música: podem estar agachados, sentados e até mesmo deitados no chão", exemplifica Samantha.

Outras questões relevantes para o projeto da escola estão ligadas às formas que o corpo adquire nas atividades. Uma possibilidade é o uso das tensões espaciais: se movimentar utilizando os vazios. Por exemplo, colocar uma das mãos na cintura e passar a outra por dentro. É o que se chama de perfuração. "As crianças adoram passam por entre as pernas dos colegas de várias formas diferentes", cita Samantha. Outro conceito desenvolvido é o de preenchimento - que se dá quando duas delas dão as mãos e outra se coloca no meio. Quando Samantha e as demais educadoras da EMEI trabalham as articulações - essenciais a qualquer movimento -, elas distribuem bonecos dobráveis, que são colocados em diferentes posições, imitadas em seguida por todos. 

Um dos resultados mais significativos do projeto foi a criação de danças para a festa junina. Ao som de compositores como o italiano Antonio Vivaldi (1678-1741), as crianças montaram coreografias para contar a importância cultural da data - todas diferentes da tradicional quadrilha, apresentada no fim do evento. "Alguns pais ficaram deslumbrados. Outros levaram um choque, mas já estão entendendo nossa proposta", conta a coordenadora. A consultora Isabel Marques ressalta a importância de valorizar o momento de criação aberto pela escola. "A dança é uma maneira de expressar idéias e emoções. Isso não pode ficar de fora quando se quer formar crianças que descubram o prazer dos movimentos."

sábado, 26 de maio de 2012

OS BENEFÍCIOS DA DANÇA PARA AS CRIANÇAS

Menino e menina dançando



Dançar, além de ser divertido, é também uma forma de extravasar energia e melhorar o bem-estar. Para as crianças é uma atividade ideal devido aos diversos benefícios. "A dança ajuda as crianças a melhorar a coordenação motora e trabalha a disciplina, já que desde pequenas elas aprendem como se comportar durante as aulas. É necessária muita dedicação e agilidade para aprender as sequências. Além disso, favorece aspectos como criatividade, musicalidade e trabalho em grupo, já que na hora de dançar todas as crianças devem repetir os mesmos movimentos e ajudar umas às outras", afirma Natália Camoleze, jornalista, bailarina e professora de balé e jazz.
"A dança traz benefícios para os pequenos tanto na parte psicológica como na física e cognitiva. Melhora a coordenação motora e a noção espacial, além de queimar calorias. Esta atividade estimula o desenvolvimento intelectual da criança, desenvolve a lateralidade, que é a capacidade de entender os lados do corpo como direito e esquerdo, e ajuda na musicalidade, ritmo, memória e expressão", explica Cristiane Ferreira, psicopedagoga com formação em dança.
A dança facilita não apenas a expressão corporal, como também a forma da criança interagir e se expressar com as pessoas ao seu redor. "Na dança é necessária total interação com as outras crianças para aprender novos exercícios e dançar de maneira adequada", avisa Natália. "A dança traz benefícios principalmente para as crianças tímidas, pois elas vão ter que lidar com plateia e a atividade tira o bloqueio de falar na frente das pessoas, além de ser uma forma de expressar os sentimentos", analisa Cristiane.
"Mas a criança tímida só pode participar de apresentações de dança de forma gradual. Primeiro entre os amiguinhos, depois para os familiares", esclarece a psicopedagoga. "No palco criamos personagens na hora da dança, que podem transformar as pessoas, ajudando a diminuir a timidez e a criança pode se soltar mais nas aulas e nos palcos", conta a bailarina.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

DANÇA E EXPRESSÃO CORPORAL PARA CRIANÇAS


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A criança é corpo e movimento em tudo o que faz – seu corpo é ativo no espaço que ocupa, comunica-se com os corpos ao seu redor, interage com eles. Necessita estar, ser, sentir, expressar-se. Chora, ri, grita, corre, brinca. A dança, além de mobilizar o potencial expressivo, torna a criança consciente de suas ações e atitudes corporais.
A vivência das possibilidades do corpo por meio desta linguagem contribui de inúmeras formas para o desenvolvimento saudável da criança: desenvolve habilidades psicomotoras, favorece a formação de conceitos e solução de problemas, estimula a interação social, organiza o gesto e movimentação cotidianos, desenvolve a orientação tempo- espaço, preserva e estimula o potencial criativo-imaginário. Enfim, a dança é tida como forma de manifestação artística que contribui para formação intelectual, física e sócio-emocional do ser humano.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A UTILIZAÇÃO DA DANÇA PELO PROFESSOR



A dança é um meio quase ilimitado de aprendizagem. Mas o professor deve tomar cuidado ao trabalhá-la como conteúdo educativo: ele não pode, de maneira alguma, reforçar modismos, que geralmente são lançados pelos meios de comunicação de massa com intenção exclusivamente comercial. Ele deve alertar seus alunos sobre os interesses da indústria cultural para que seu trabalho não omita a existência dos estilos comerciais, mas desperte o senso crítico de seus educandos a respeito deles.

Finalizando, cabe ressaltar que, assim como em relação aos esportes, nada impede o educador de desenvolver a dança como um trabalho que vise à performance, desde que, para isso, sejam convidados alunos que possam treinar em horários extracurriculares, como em contraturno, por exemplo. E aqueles que ainda não dominam a dança também podem ser iniciados na prática, cabendo ao professor dividir as turmas de acordo com o nível de habilidade dos alunos.

O importante é não temer a dança, pois ela trabalha valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, como o condicionamento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória, a sociabilização, o equilíbrio, a destreza e a coordenação motora fina.

sábado, 19 de maio de 2012

A DANÇA SEGUNDO OS PCN’s


Segundo os  PCNs ( 2003), a dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. Baseado na importância da dança na Educação Infantil o presente estudo tem por objetivo perceber qual a contribuição da dança, no desenvolvimento do processo de interação, socialização, criatividade, imaginação e expressão e verificar como a dança esta sendo trabalhada nas escolas particulares de Educação Infantil do Município de Santo Ângelo.Constatamos que a dança esta sendo trabalhada de maneira significativa pelos profissionais da Educação Infantil, os quais a utilizam como parte integrante de seu processo de ensino-aprendizagem.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A DANÇA SEMPRE ESTÁ PRESENTE EM TODOS OS NOSSOS ATOS



A pesar das professoras ainda utilizarem a dança como pare integrante de grandes encenações de natal, páscoa, dia das mães, por exemplo, de forma mecânica impossibilitando a livre criação das crianças, entendem que esta deve ser reestruturada e resignificada dentro da escola. 

Identificamos que estão buscando estratégias diversas em busca desta dança pedagógica, mas quando se deparam as datas comemorativas e outras festividades ainda não conseguem de desvincular da maneira tradicional de desenvolvê-la. Podemos acrescentar ainda que ao finalizar o trabalho que a maior parte das professoras que responderam o questionário constataram que o dançar deveria ser encarado como um ato de comunicação e expressão humana.

Que possa acontecer sem preconceitos, sem cobranças ou “utilidades”. Podemos ainda mencionar que a dança sempre esteve e está presente em todos os nossos atos, principalmente quando nos referimos à criança, desta forma trabalhar com a mesma em nossas escolas é garantir as crianças uma aprendizagem prazerosa e significativa, na qual estão inseridos os processos de interação, socialização, criatividade, imaginação e expressão livre/criativa, somente precisamos encontrar estratégias para que isto aconteça.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A DANÇA E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RESIGNIFICANDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA


A Educação Infantil desempenha um papel primordial no desenvolvimento integral da criança. Lugar onde se oportuniza situações desafiadoras, as quais permitam que as crianças possam encontrar respostas por si mesmas, para suas indagações, tornando-se pessoas autônomas e críticas. A dança tem uma função pedagógica específica na escola que se traduz na criação de movimentos criativos e de livre expressão da criança.

Uma das finalidades da dança na escola é permitir a criança evoluir em relação ao domínio de seu corpo, assim desenvolverá e aprimorará suas possibilidades de movimentação, descobrindo novos espaços, formas, superação de suas limitações e condições para enfrentar novos desafios quanto aspectos motores, sociais, afetivos e cognitivos (BARRETO 2002). Enquanto um processo educacional, a dança não se resume em aquisição de habilidades, mas sim, contribui para o aprimoramento de habilidades básicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo.